6 de fevereiro – O beneficio de uma enfermidade (Mc 6,53-56)



A fé permite “tocar” o Cristo se o contato com o corpo de Jesus cura os doentes, isto a porque a fé lhe põe em contato espiritual com ele, expondo-se à ação vivificante do Espírito.

Naquele tempo, 53tendo Jesus e seus discípulos acabado de atravessar o mar da Galileia, chegaram a Genesaré e amarraram a barca. 54Logo que desceram da barca, as pessoas imediatamente reconheceram Jesus. 55Percorrendo toda aquela região, levavam os doentes deitados em suas camas para o lugar onde ouviam falar que Jesus estava. 56E, nos povoados, cidades e campos onde chegavam, colocavam os doentes nas praças e pediam-lhe para tocar, ao menos, a barra de sua veste. E todos quantos o tocavam ficavam curados.

Levavam os doentes deitados em suas camas

É difícil chegar num médico ou num curandeiro de fama. Mesmo se o homem é um ser social que não pode viver sem os outros, na enfermidade descobre que está só, sobretudo se não pode se movimentar.
                Parece paradoxal, mas muitas vezes a doença possui uma grande função social na nossa vida, porque revela quem é verdadeiramente um amigo. Mas a enfermidade tem também uma função religiosa. Santo Inácio de Loyola escreve que a doença é um dom não inferior à saúde. Santo Agostinho era um feroz inimigo dos pelagianos, que acreditavam que o homem podia viver com moralidade somente com a força da vontade. Mas se assim fosse, porque então teria necessidade de Deus?
                A doença, a fragilidade do nosso corpo são os melhores pregadores para nos convencer que temos necessidade a cada passo que damos da graça de Deus.

Pediam-lhe para tocar, ao menos, a barra de sua veste

                Nos santuários as pessoas buscam tocar pelo menos o quadro da imagem venerada. Em Roma, na basílica de São Pedro, os peregrinos beijam os pés da estátua do apóstolo, tanto que o metal está desgastado. Muitas pessoas se escandalizam e falam de superstição e de mentalidade primitiva. Mas aqueles que tocam as franjas do manto de Jesus não estavam numa situação melhor. A franja, a estátua, o quadro de uma imagem, em si mesmas não podem salvar ninguém. O Próprio Jesus não faz do que repetir que é a fé que cura e não o gesto exterior (Mt 9,22). O verdadeiro valor da pessoa está no seu coração, no pensamento, na fé. O homem, porém, é uma criatura capaz de falar e de exprimir os sentimentos que tem dentro de si. Não o faz somente com palavras, mesmo com pequenos gestos ou com o olhar. Antes, mais pessoas se conhecem, menos tem necessidade de palavras. Tocar o quadro de uma imagem sacra por si mesmo não tem nenhum valor, mas para quem crê pode ser uma expressão de uma confiança, é esta confiança que opera os milagres.

E todos quantos o tocavam ficavam curados

Com a doença nos rendemos conta da nossa fraqueza diante de Deus, e isto é um grande dom. Porém a consciência da própria fraqueza não tira a coragem e a vontade de viver. Existe um ditado: “É fraco somente aquele que perdeu a fé em si mesmo e pequeno somente aquele que tem uma pequena finalidade”. O sentimento de fraqueza é negatico se acompanhado pela desolação, pelo isolamento, pelo abandono; ao invés se torna força se nos dá a possibilidade de tornar consciente da prsença de um Outro, forte, que está junto de nós para ajudar-nos. Quem perde o caminho, na montanha, a força de caminhar pode definhar até não poder ficar em pé; mas se naquele ponto encontrar alguém que se oferece para conduzi-lo à casa, eis que se lhe retornam as forças. Assim também é no encontro com Jesus, que nos restitui as energias e nos cura com a sua Presença.
                Na verdade na doença o problema não somente físico, no fundo há existe sempre uma  vontade diminuída de viver. Com Cristo perto podemos viver também na doença, na fraqueza e até mesmo na morte.



Oração

Senhor Jesus, em meio à pessoas da Galiléia manifestastes o teu amor curando aqueles que te tocavam. Hoje nós te pedimos por aqueles que estão doentes, e mais ainda por quem sofre por falta de uma profunda falta de amor. Daí a todos uma esperança e uma razão de viver, tu que vives e reinas pelos séculos dos séculos. Amém!

Fonte:
Messalino Quotidiano dell'Assemblea, EDB
Tomáš Špidlík, Il vangelo di ogni giorno, Lipa (Trad. livre)

 
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